segunda-feira, 7 de outubro de 2013
O desejo do coelho
Começa assim:
"- Olha para o céu, Ouriço - disse o Coelho. - Está
lindo e vermelho.
- Gosto mais quando está negro e cheio de estrelas -
disse o Ouriço. - E sabes o que dizem do céu vermelho.
- Lembra-me lá - disse o Coelho.
- Céu vermelho à alvorada, manhã ou tarde molhada
- disse o Ouriço. - Vem aí chuva.
O Ouriço bocejou e disse:
- Horas de eu ir para a cama.
- Já? - disse o Coelho.
- Sim, Coelho - disse o Ouriço. - Tu és uma criatura do dia
e eu sou uma criatura da noite. É assim mesmo.
O coelho abanou a cabeça, muito triste, e disse:
- Boa noite, Ouriço. Quer dizer, bom dia.
O Ouriço desapareceu e o Coelho deu um grande
suspiro solitário.
- Quem me dera - disse ele - que o Ouriço,
nem que fosse só uma vez, ficasse todo o dia acordado
comigo.
Sem o amigo ao pé, o Coelho fez o que fazia sempre.
Tomou o pequeno almoço.
Um bocadinho de erva.
Uma folha de dente-de-leão...
De repente - ping-caiu-lhe
no nariz um pingo de chuva.
- Bolas! - disse o Coelho. - O Ouriço tinha razão.
Vinha aí chuva. E agora já cá está.
Enquanto o Coelho corria para a toca, a chuva
caía cada vez mais forte."
(...)
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