sexta-feira, 31 de maio de 2013

António Mota

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Homenageando a autora de Pippi das Meias Altas, o ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award) foi criado em 2003 pelo governo sueco. Trata-se do prémio mais valioso ligado à escrita, ilustração e promoção da literatura infanto-juvenil: cerca de 542 mil euros. Valioso, também, no que toca ao prestígio, embora não tanto como o Andersen, considerado o "Nobel" para escritores e ilustradores deste campo literário. Depois da escolha para o Prémio Ibero-Americano, este ano, a DGLAB propôs a candidatura de António Mota, justificando assim a sua opção:

 
"António Mota é um dos mais prolíficos escritores portugueses para a infância e juventude. O caráter da sua obra tem a singular qualidade de ser ao mesmo tempo intemporal e universal. Não tendo o seu trabalho, pelo menos até ao momento, sido objeto de muitas traduções, razão que pode talvez encontrar-se na sua natureza mais permanente e duradoura, discreta e sensível, como as mensagens que, independentemente dos tempos, dos contextos, queremos eternizadas ao longo de todas as gerações, ao longo de todos os crescimentos de todas as crianças, é esta mesma qualidade que defendemos como universal e rara. Eis o motivo por que entendemos que a escrita de António Mota integra o espírito do ALMA."

Amanhã, Peter Pan na Papa Livros

Criança

Dia Mundial da Criança




segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dia da Criança

O menino aprendeu a brincar 
com as conchas,
com as coroas de limos, 
com os segredos dos búzios,
com os barcos de coral
e com a magia das palavras.
Um dia acordou 
e chamava-se sonho,
um dia cresceu
e chamava-se poesia.

José Jorge Letria, A Ilha do Menino Poeta
 
 
O Dia Mundial da Criança aproxima-se.
 
A criança é  de todos os dias e todos os meus dias são da criança.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

OsTres Porquiños - Raquel Méndez




 Ver e ouvir ... AQUI
Dedoches... AQUI

Alfabeto Trapalhão no Cata Livros



Folhear ... AQUI

Lucia São Thiago

Em "Cartas a um jovem poeta", Rilke escreve:


 “Ser artista significa: não calcular nem contar; amadurecer como uma árvore que não apressa a sua seiva e permanece confiante durante as tempestades da primavera, sem o temor de que o verão não  possa vir depois. Ele vem apesar de tudo. Mas só chega para os pacientes, para os que estão ali como se a eternidade se encontrasse diante deles, com toda a amplidão e serenidade, sem preocupação alguma.
 Aprendo isso diariamente, aprendo em meio a dores às quais sou grato: paciência é tudo!” 
 

Era uma vez...


Folhear ou Ouvir... AQUI

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sonhos - 4º ano


 
 
 
É provável que eu nunca tenha um pastor alemão e um pincher peludo com ripinhas fofinhas…


Nunca devo dizer nunca…


Nunca tenha um vestido de princesa com um laço cor de magenta, e um vestido rosa choc, uns sapatos de cristal…


Um castelo só para mim…


Gostava de ser acrobata e faria acrobacias no ar e chão…


Tenho medo do escuro, porque podem estar ladrões em casa e eu não sei.


Para ter de ultrapassar esses sonhos impossíveis de se realizar tenho de me esforçar.


Também tenho o sonho que fosse férias todos os dias, assim podia brincar todos os dias, mas ficaria burra.


Mas eu vou conseguir ultrapassar esta situação.      
        

sábado, 18 de maio de 2013

Quando for grande, quero ser...

Quando for grande, quero ser

domador de caracóis.
É muito perigoso
— diz a mãe.

E pastor de libelinhas?
As libelinhas pastam na frescura do rio.
Sabes nadar sobre a água?
diz a mãe.

Serei médico das árvores, é mais seguro.
Onde fica o coração das árvores?
diz a mãe.

Vou aprender a arte de colecionar nuvens.
Choram muito...
diz a mãe. (...)


Estas são as primeiras páginas do livro “Sílvio Domador de Caracóis”, escrito por Francisco Duarte Mangas e ilustrado por Madalena Moniz, uma edição da Caminho.
 

A Menina de Francisco Duarte Mangas e José Feitor no Cata Livros

          FOLHEAR... AQUI

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Chove ou não chove?


                                            Rosario Elizalde


                                             Marcela Calderón


                                               Manon Gauthier


                                                   López Herrera



                                            Lucía Cobo


                                                           Leigh Hodgkinson


                                                               Jacobo Muñiz


                                                         Elichkata


                                                     Agustina Suarez

Palavras para que vos quero

Amanhã e no Sábado, a Biblioteca Almeida Garrett é a anfitriã do 4º Encontro de Literatura Infanto-Juvenil Palavras para que vos quero. Consultem o programa aqui.
 

domingo, 12 de maio de 2013

LIMOEIRO VAI DAR PÊSSEGOS - António Torrado

 

Entrevista ao limoeiro




O limoeiro está carregadinho de limões.
Veio aquele jornalista que anda por tudo o que é sítio, sempre de microfone em punho, e perguntou-lhe:
- Está satisfeito com o seu trabalho?
O limoeiro acenou que sim com os ramos, impelidos por um ventinho amável.
- A produção este ano correspondeu às suas expectativas? - insistiu o jornalista.
De novo, o limoeiro acenou que sim com os ramos, pesados de tantos limões. - Para o próximo ano, pensa continuar a mesma linha de produção?
Aqui o limoeiro agitou os ramos em sentido negativo.
O jornalista entusiasmou-se:
- Nesse caso, vai mudar de produto de fabrico?
De cima para baixo, rangendo ao sabor da brisa, os ramos do limoeiro responderam que sim. Estava a ganhar interesse a entrevista. O jornalista prosseguiu:
- Que novo produto pensa fabricar? Maçãs?
Os ramos do limoeiro agitaram-se negativamente.
- Pêras?
Estremecimento negativo do limoeiro que o vento agitava. Sucessivos frutos, presos a um ponto de interrogação, desfilaram diante do velho limoeiro. A todos ia dizendo que não, à sua maneira. Até que o jornalista perguntou:
- Pêssegos?
Aí o limoeiro agitou afirmativamente os ramos, tocados pelo vento.
Desandou o jornalista a toda a pressa em direcção ao jornal.
No dia seguinte, na primeira página, vinha o seguinte título:
LIMOEIRO VAI DAR PÊSSEGOS
O limoeiro propriamente dito não desmentiu a notícia. Também, pouco tempo depois, a folha do jornal rolava amarfanhada pelo chão ao sabor do ventinho caprichoso que faz acenar os limoeiros.



Tantos Animais - Manuela Castro Neves e Yara Kono


A montanha encantada dos gansos selvagens - Rubem Alves


Para a minha mãe, que muito amo,
que voou para a Montanha Encantada...


Havia, certa vez, um bando de gansos selvagens... É preciso dizer que eram selvagens, para não confundir com os gansos domésticos.

Gansos domésticos têm medo de voar, não gostam das alturas, preferem viver fechados em cercadinhos de tela, desde que seus donos lhes deem milho e verdura picada.

Ah! Como são diferentes os gansos selvagens.

Não sabem o que é ser bicho de um dono. São livres.

Voam muito alto. Viajam para lugares desconhecidos, distantes, ainda que isso seja perigoso.... São mais magros: devem ser livres para poder voar. E os seus olhos são diferentes.

É que eles viram estrelas e pores-do-sol que os gansos domésticos não podem ver.

Nossos gansos eram selvagens.

Viviam livres, sem dono, numa linda planície. Havia florestas, e o cheiro das árvores, pelas manhãs, era gostoso. Seus companheiros eram os outros bichos que amam a liberdade: veados, esquilos, sabiás, pintassilgos, borboletas, abelhas...

No centro da planície havia um lago.

Era ali que os gansos brincavam. Era ali que eles ficavam mais bonitos. Todo o mundo sabe que os gansos são desajeitados, bamboleantes e engraçados na terra firme. Mas na água ficam serenos e calmos, como os navios....

Lá viviam eles, alimentando-se de bichinhos e brotos tenros de verdura. Botavam seus ovinhos, chocavam gansinhos e os gansinhos cresciam.... mas nem tudo era bom. Nada é perfeito.

Às vezes o calor era demais. Ou frio demais. E havia os caçadores, com suas espingardas, dando tiros, rindo quando uma ave morria...

Foi ali que nasceu um gansinho, bem pequeno, menor que um ovo. Tinha de ser. Pois é dentro dos ovos que as gansas botam, que os gansinhos se formam, a pouco e pouco.

Seu pai lhe contou no ouvido, como num segredo, o nome que havia escolhido para ele.

Não... não foi Roberto, nem Ricardo, nem Dirceu... “Foi Cheiro-de-Jasmim. Porque todo mundo que sente o cheiro de jasmim sorri, feliz... Quero que meu filho seja feliz... quero que ele faça os outros felizes”, disse o pai Ganso.

“Se o pai ama o filho, o nome do filho deve ser algo que o pai tira do fundo de seu coração.”

Havia muitos nomes lindos de gansos: chuva-e-tarde-de-verão... sombra-de-árvore... liberdade... voo-alto... amigo... brilho-da-lua, etc...

Cheiro-de-Jasmim cresceu como todos os outros gansinhos. Não fez nada diferente. Aprendeu a andar, aprendeu a nadar, experimentou o calor e teve que se abrigar do frio, tremeu de medo ao ouvir o barulho das armas dos caçadores... mas havia algo de muito especial...

Ele gostava das horas que todos os gansos se reuniam, quando o sol ia se pondo... O sol se refletia, dentro do lago. Parecia uma fogueira... E Cheiro-de-Jasmim não entendia por que é que a água do lago não apagava o fogo do sol, lá no seu fundo...

Esta era a hora em que os velhos se punham a contar estórias. E falavam especialmente das montanhas mágicas.

Montanhas mágicas. Elas podem ser vistas lá longe, justo onde o sol estava se pondo. Eram altas, misteriosas, encantadas, A primavera durava sempre... não havia calor nem frio demais.

E havia um fruto encantado, vermelho como o sol e que, se comido, fazia com que os gansos fossem jovens para sempre.

Até os velhos e aleijados voltavam a ter os corpos de outrora, perfeitos, fortes, belos. E, sobretudo, lá não havia caçadores.

— Se as montanhas mágicas são tão maravilhosas, por que é que não nos mudamos para lá?, perguntou Cheiro-de-Jasmim.

— É que elas são altas demais, respondeu o velho ganso, contador de estórias.

Para se chegar até lá, o corpo tem que ficar leve, muito leve... é preciso ser como uma libélula... um papagaio flutuando ao vento... Somos pesados demais... sabem por quê?

É que temos medo de tanta coisa. É o medo que nos faz pesados e porque somos pesados ficamos com as caras tristes, cansadas... quem tem cara triste não pode voar... mas quando o tempo vai passando, os gansos vão ficando leves, até que chega o dia do grande vôo...

Cheiro-de-Jasmim olhou para o seu pai.

Olhava este para as montanhas encantadas. Já não havia mais o brilho do sol. Mas o brilho da lua as tornava mais belas ainda.

E ele notou que seu pai, outrora pesado e sério, estava ficando mais leve. Pela primeira vez ele sentiu uma tristeza de pensar que, um dia, eles se separariam. Mas, por que partir, se a vida é tão boa?

— É necessário partir para continuar a viver, respondeu o velho ganso, adivinhando os pensamentos que passavam pela cabecinha de Cheiro-de-Jasmim...

— Quando se fica mais leve, fica difícil viver aqui. A comida, muito pesada, faz mal. O ar, muito pesado, faz mal. O frio dói nos pulmões. As coisas mais leves são mais belas e sobem mais.

Mas são mais frágeis. Precisam de um ar diferente. E por isso é necessário partir para as montanhas encantadas...

Um dia o coração diz que é preciso partir para continuar a viver. Quando isso acontece, chegou a hora da DESPEDIDA....

O tempo passou.

Cheiro-de-Jasmim cresceu. Vieram seus filhos. Ele ficou pesado como todos os outros. Enquanto isso seu pai ficava mais leve...

Até que chegou o dia do adeus. Nada mais segurava aquele ganso, mais selvagem e mais leve do que nunca.

Estava pronto para a viagem misteriosa.

Claro que havia algo que o prendia. O amor pelo lugar, o amor por todos... E especialmente, o amor por Cheiro-de-Jasmim. Como ele o amava!

Cheiro-de-Jasmim chegou-se ao pai, abraçou-o e perguntou:

— Quando você partir, vai sentir saudades?

O velho ganso se calou.

Cheiro-de-Jasmim continuou:

— Não chore... eu vou abraçar você...

E assim, ficaram juntos, muito tempo, pensando que a vida era tão boa, tão bonita... O vento veio de mansinho, sem nenhum barulho. O velho ganso nem precisou bater as asas. Ele estava leve, leve... e ele partiu para a montanha encantada.

Todos se reuniram, como sempre faziam quando isso acontecia... Todos falavam da saudade e choravam.

O mundo já não era o mesmo...

Mas Cheiro-de-Jasmim podia jurar haver ouvido os risos de seu pai, tais como ouvira muitos anos atrás, quando era jovem e belo.

sábado, 4 de maio de 2013

És tu a minha Mãe? - história para colorir

Dia da Mãe


 

Mamã Esquilo

proud mom--this kills me

Camaleão para colorir



 Ver... AQUI

Paulo Galindro ilustra história de Luís Sepúlveda




Depois de História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, Luís Sepúlveda brinda-nos com esta nova aventura com gatos! Ou melhor, com um gato especial. São 64 páginas que contam a história de Max e o seu amigo Mix, o gato, e de Mex, o ratinho que se junta às duas curiosas personagens. Baseado numa história de um dos filhos do autor, a edição portuguesa conta com as ilustrações de Paulo Galindro e saiba mais AQUI.

Camaleão


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Era uma vez...

 

Exposição Coletiva

Ilustração, Comunicação, Aprendizagem... no Porto



Mais informações... AQUI


Leo Lionni - Biografia

Leo Lionni nasceu em Amesterdão, na Holanda, em 1910, e morreu na Toscana, Itália, em 1999. É conhecido internacionalmente pelas suas pinturas, desenhos gráficos, ilustrações, esculturas e livros para crianças. Foi, ainda, professor e director de arte. Ganhou quatro vezes a medalha Caldecott e publicou o seu primeiro livro para crianças em 1959: Little Blue Little Yellow.

Leo foi influenciado pela filosofia da Bauhaus – contactou, ainda muito jovem, com as obras de artistas contemporâneos como Chagall, Klee, Kandinski, Mondrian – e pelos artistas vanguardistas do século XX. Foi, provavelmente, o primeiro ilustrador a trabalhar para crianças que usou a técnica de colagem nos seus trabalhos. Defendia a ideia de que os livros para crianças deviam ser graficamente ousados. As suas obras apresentam um aspecto gráfico limpo e a utilização/combinação de várias técnicas para além da colagem, como o óleo, a grafite ou o lápis de cor.
 
Para aceder ao trabalho clique aqui.

Leo Lionni