quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Bruxa - Luísa Ducla Soares



A Bruna  tinha os cabelos eriçados, duas verrugas no nariz e aquela mania de se vestir de preto. Além disso andava sempre de vassoura na mão, com a mania das limpezas. 
- És  bruxa ! És  bruxa ! És bruxa ! – troçavam os miúdos.
Pois, se parecia, alguma coisa havia de ganhar com isso. No dia 30 de Outubro, dia das Bruxas, arranjou-se mesmo a rigor e apresentou-se no concurso para Miss Bruxa. Claro que ganhou o primeiro prémio.
Foi para casa e, como estava desempregada, surgiu-lhe uma ideia. Escreveu numa tábua carunchosa, a tinta roxa:
Bruxa premiada dá consultas.
Faz descontos especiais no Dia das Bruxas.
Ora por lá passou  um rapaz que andava muito apoquentado. Bateu à porta, que se abriu, rangendo, e tropeçou em sete gatos.
- O que o traz por cá ? – perguntou Bruna.
- É o mau cheiro que tenho nos pés. Quando me aproximo, as pessoas fogem a toda a velocidade… Já procurei médicos, curandeiros, engoli comprimidos, enfiei supositórios, besuntei-me com pomadas mas nada me cura… 
- Pois então descalce-se - disse a “ bruxa”, apertando o nariz com uma mola da roupa.
E que viu ela ? Uns pés tão sujos, tão cheios de chulé  como não devia haver outros no mundo.
- Já lhe trato da saúde!
Pôs três barras de sabão a derreter dentro dum caldeirão, juntou  sumo de limão, flores de alecrim e obrigou o rapaz mergulhar nessa mistela as patorras imundas durante três horas. Depois, com a vassoura, raspou tão bem toda a porcaria que de lá saíram uns delicados pezinhos  brancos, sobre os quais verteu sete jarros de água do poço.
- Agora tem de continuar o tratamento em casa, todos os dias. Basta lavar à torneira, com sabonete! E compre sapatos novos, que os velhos estão contaminados.
Tornou-se famosa. À sua porta alinhavam-se bichas intermináveis de clientes.
Com o dinheiro do prémio e das consultas, tirou um curso de magia pela internet. Comprou um velho castelo assombrado, setenta vampiros para o guardarem, setenta corujas para lhe fornecerem ovos, setenta osgas para lhe cuidarem do jardim. 
- É bruxa! É  bruxa! É bruxa! – diziam, cada vez mais convictos, os miúdos.
Mas acham que ela se ralava?  Ria-se, feliz, e oferecia-lhes logo caramelos de baba de sapo. Era remédio santo para eles darem corda aos sapatinhos.

Luísa Ducla Soares

O bruxa que roubou o sol


Malditas Bruxas - António Torrado e Danuta Wojciechowska


A Bruxa Rabuja - Guião de Leitura



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Histórias da Bruxa Rabuja

Ler... AQUI


Leitura para o Dia das Bruxas


Dia das Bruxas e a leitura


Dia das Bruxas e a leitura


A Mimi no fundo do mar


A Bruxa Mimi


Dia das Bruxas e a leitura


Dia das Bruxas e a leitura


Era uma vez...


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Os primos e a Bruxa Cartuxa - Prof. Rui

Todos os livros...


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via Bruáa



Todos os livros deviam vir acompanhados de uma tabela com a informação nutricional, incluindo a respectiva composição e a dose diária recomendada. Deviam também ser divididos por categorias: gordos, meios-gordos... ler mais

Rui Manuel Amaral
Crónica de sexta-feira no semanário Grande Porto, página Bairro dos Livros

 

Era uma vez...


domingo, 27 de outubro de 2013

Se um livro tem magia...


O Livro do Livro - Sophie Benini Pietromarchi


Sinopse:

Um elogio ao livro e à criatividade.
Técnicas fáceis, mas impensáveis… investigar a casa em busca de materiais, massajar a imaginação para escrever uma história, criar as mais originais ilustrações - um livro obrigatório para potenciais artistas.

Neste poético livro de actividades, a artista Sophie Benini Pietromarchi convida as crianças a participarem numa viagem fantástica ao mundo da criação de livros. Explorando as cores, texturas, formas e sensações, Sophie Pietromarchi mostra como estes elementos difusos podem transformar-se em narrativas visuais, usando materiais tão incrivelmente prosaicos como aparas de lápis, cebolas, grafite e folhas. Este maravilhoso livro - que nasceu de oficinas realizadas com crianças - é um tributo à riqueza da imaginação que habita no interior de cada um de nós.
Suficientemente simples para ser usado pelas crianças sem a ajuda dos adultos, este é um livro de actividades perfeito para as férias e para a sala de aulas, com exercícios de desenho, de escrita criativa e de construção de livros.



“Fazer um livro: da ideia ao papel”: todos os livros nascem de uma ideia e acabam nas mãos de quem os quer conhecer. Acabam? Talvez nem seja bem isso… Cada livro é um começo de algo novo e diferente, é uma janela aberta para todas as descobertas, para um mundo de conhecimento e de divertimento também.

O Livro que só queria ser lido




Era uma vez um livro que apenas queria ser lido. Ele estava depositado numa estante junto de outros livros e de dicionários. Apesar de se sentir só, estes amigos ensinaram-lhes coisas novas. Um dia colocaram-lhe dossiês com facturas e isso entristeceu-o. Alguns meses depois, uma máquina de escrever foi colocada a seu lado. A sua tristeza desvaneceu, pois já tinha com quem conversar.



Os dias de alegria do livro estavam prestes a terminar, pois o irmão mais velho da Mariana decidiu vender a máquina a um coleccionador ou a uma loja de objectos antigos. Mesmo assim, durante estes momentos que passaram juntos, a máquina disse ao livro que todos os livros são importantes, pois cada um tem uma coisa nova para ensinar. Mas o terrível dia chegou e estes dois amigos separaram-se para sempre… Para homenagear o livro, a máquina de escrever deixou ficar na sua estante duas letras do seu teclado: o A de “adeus” e o S de “Saudade”.
O livro passou dias e dias a chorar…até que o computador – o inimigo da máquina de escrever – tentou ser amável com o livro. Contudo, a tristeza não acabou…o tio Vicente morreu… o seu dono tinha desaparecido…
Foi dito ao dono da casa que o tio Vicente era possuidor de uma grande fortuna que se encontrava num cofre. Mas a chave para o abrir estava escondida num livro de que ele gostava muito, mas qual?
O livro ao saber disto decidiu cair novamente da estante para chamar a atenção e… o código tão desejado!!!
Como forma de agradecimento os proprietários voltaram a ler o livro, agradecidos pelo acto dele. Assim, o seu desejo foi concretizado… Foi novamente lido…

Plano Nacional de Leitura - desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita...

domingo, 20 de outubro de 2013

Biblioteca

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Biblioteca é um tesouro!

A Biblioteca - Umberto Eco


A Biblioteca

Excerto
«... Um dos mal-entendidos que dominam a noção de biblioteca é o facto de se pensar que se vai à biblioteca pedir um livro cujo título se conhece. Na verdade acontece muitas vezes ir-se à biblioteca porque se quer um livro cujo título se conhece, mas a principal função da biblioteca, pelo menos a função da biblioteca da minha casa ou da de qualquer amigo que possamos ir visitar, é de descobrir livros de cuja existência não se suspeitava e que, todavia, se revelam extremamente importantes para nós.
... A função ideal de uma biblioteca é de ser um pouco como a loja de um alfarrabista, algo onde se podem fazer verdadeiros achados e esta função só pode ser permitida por meio do livre acesso aos corredores das estantes.
... Se a biblioteca é, como pretende Borges, um modelo do Universo, tentemos transformá-la num universo à medida do homem e, volto a recordar, à medida do homem quer também dizer alegre, com a possibilidade de se tomar um café, com a possibilidade de dois estudantes numa tarde se sentarem numa maple e, não digo de se entregarem a um amplexo indecente, mas de consumarem parte do seu flirt na biblioteca, enquanto retiram ou voltam a pôr nas estantes alguns livros de interesse científico, isto é, uma biblioteca onde apeteça ir e que se vá transformando gradualmente numa grande máquina de tempos livres...».

Umberto Eco

Venha à minha festa!


Uma aventura na biblioteca




Dia Internacional da Biblioteca Escolar

"Quando se entra numa biblioteca, nunca se sai igual. Lá dentro está o mundo todo. Quando se vê o mundo todo, fica-se diferente."

in Colecção de Postais RBE


Uma Biblioteca é...

 


Walter Hugo Mãe: As Bibliotecas

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