Tem meu pai um castanheiro,
Dá castanhas lá em Maio
Melancias em Janeiro.
O castanho dá castanhas,
Que eu já lhe via as candeias;
O dia que te não vejo
Foge-me o sangue das veias!
Castanha e bolota
É fruta do ar.
Já te tenho dito :
Não me quer’ casar.
É fruta do ar.
Já te tenho dito :
Não me quer’ casar.
Não me quer’ casar,
Já to tenho dito;
Quando eu morrer
Quer’ levar palmito.
Já to tenho dito;
Quando eu morrer
Quer’ levar palmito.
A folha do castanheiro
Amarela cai ao chão;
Muita menina se perde
Pela sua presunção.
Amarela cai ao chão;
Muita menina se perde
Pela sua presunção.
Castanheiro dá castanha
Dá castanha sequer uma
Para dar ao meu amor
Já há três dias que jejua.
Dá castanha sequer uma
Para dar ao meu amor
Já há três dias que jejua.
Castanheiros sem ouriços
Que castanhas pode dar?
E um pobre sem dinheiro
Que amor pode tomar?
Que castanhas pode dar?
E um pobre sem dinheiro
Que amor pode tomar?
No alto daquela serra
Tem meu pai um castanheiro.
Que dá castanhas em Maio
Uvas ferrais em Janeiro.
Tem meu pai um castanheiro.
Que dá castanhas em Maio
Uvas ferrais em Janeiro.
Venho de cima do Douro,
Da vareja da castanha…
Diga-me cá , ó menina,
Se o ouriço já arreganha.
Da vareja da castanha…
Diga-me cá , ó menina,
Se o ouriço já arreganha.
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