Uma cena de todos os dias: um adulto apressado tenta que uma criança obedeça ao seu ritmo e aos seus pedidos.
Do outro lado, uma imaginação sem horários e sem pressas que parece crescer a cada frase impaciente do adulto.
Dois mundos em rota de colisão de onde sobressai o mantra...
“Estava a pensar...”
... uma torrente de pensamento nascida da constante curiosidade pelo mundo e do encantamento pelas coisas que nos rodeiam, desde as partículas de pó que flutuam e brilham ao sol até aos números mais selvagens que ousemos pensar: um bilião, um zilião, um muitilião, um gorilião, um rinocerilião, um elefantilião.
Um livro que celebra a liberdade de sonhar acordado e que nos lembra os versos do poeta:
“Podeis dar-lhes o vosso amor mas não os vossos pensamentos
porque eles tem pensamentos próprios. Podeis acolher os seus corpos;
mas não as suas almas,
porque as suas almas habitam a casa de amanhã
que não podeis visitar,/ nem sequer em sonhos.”
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