quarta-feira, 31 de outubro de 2012

«Pão por Deus»

Podem parecer duas coisas diferentes, mas há semelhanças entre o «Trick Or Treat» e o nosso «Pão por Deus», cada vez mais em desuso.
Na região de Leiria e até mesmo na Estremadura, milhares de crianças saem à rua no Dia de Todos os Santos para pedir o «bolinho» ou o «Pão por Deus», uma tradição ancestral que tem algumas semelhanças com o Halloween norte-americano.
 
Nos Estados Unidos, as crianças percorrem as casas dos vizinhos na véspera do Dia de Todos os Santos a pedir doces, mas, em Portugal, essa visita é feita na manhã do feriado, sem conotações sobrenaturais ou ameaças de partidas a quem não tiver nada para dar.
 
antiga

 
 
actual

Em Leiria, crianças, transportando uma saquinha de pano, percorrem ruas e ruelas de aldeias, vilas e até cidades, e batem à porta de familiares, vizinhos e desconhecidos, com a tradicional frase:
 
- ’Ó tia, dá bolinho?’.
 
Na ausência de bolinho, as ofertas passam por chocolates, rebuçados ou dinheiro.
 
Esta tradição, que chegou a ser extensiva a todo o território nacional, vai buscar os seus princípios ao Cristianismo, trata-se de expressar a solidariedade e o amor pelos outros, principalmente pelas crianças.
Noutros tempos, em que a fome apertava, este era o dia das crianças tirarem a barriga da miséria. Era uma manhã dedicada às crianças, em que se tratavam os vizinhos por «tu» e ninguém negava o bolinho.
Embora haja algumas alterações, sobretudo a substituição do bolinho por doces ou dinheiro. A explicação para esta mudança pode ser encontrada no comodismo das pessoas, que já não fazem bolinhos em casa, ou no materialismo desta época, visível na oferta de dinheiro.
 
Neste dia, as manhãs eram para as crianças e à tarde era hábito as pessoas abrirem as casas para receber familiares e vizinhos para confraternizar.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Poesia de letra - Silvana Tavano



Quando o ci sne aparece deslizando no seu Esse
O Ó da lagoa até treme nas ondinhas do Ene 

Silvana Tavano

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

domingo, 28 de outubro de 2012

Cria os teus bonecos de Halloween - rolos de papel

 
 
Bonecos de Halloween
Para aprenderes como se faz passo a passo, clica... aqui.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Outubro mês de celebrar a biblioteca escolar

Neste mês, em que se celebram as Bibliotecas Escolares, os alunos escreveram sobre o prazer de ler. Eis o trabalho resultante:
 








quinta-feira, 25 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Uma história de dividir - Manuel António Pina


UMA HISTÓRIA DE DIVIDIR

Um divisor dividia
muitíssimo devagar.
A divisão bem podia,
por ele esperar.

O dividendo, mais lesto,
não podendo perder tempo,
dia a dia ia perdendo
a paciência e o resto.

E, encarando o amigo,
falava-lhe duramente:
“Não posso contar contigo,
és um inquociente!”


Manuel António Pina (1943)
”Pequeno livro de desmatemática”, Assírio & Alvim, 2001)               

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Gatos - António Mota

 



Gatos novos
gatos velhos
gatos magros
gatos gordos
gatos brancos
gatos pretos
gatos mimalhos
gatos a pedir
gatos a roubar
gatos a fugir
gatos a ronronar
gatos no telhado
gatos na janela
gatos no so
gatos no berço
gatos na cama
gatos na sala
gatos na cozinha
gatos maltratados
gatos a miar
em noites de luar.

Gatos doentes
gatos a brincar
gatos a dormir
gatos a saltar
gatos a parir
gatos a mamar
gatos a nascer
gatos a arranhar
gatos a comer
gatos a pular
gatos a lamber
gatos lestos
gatos mancos
gatos siameses
gatos persas
gatos malteses.

Tantos gatos
de rabo alçado
e eu só tenho um
de pano coçado.



ANTÓNIO MOTA
de cima cá de baixo

Morreu o escritor Manuel António Pina



Manuel António Pina era reconhecido como um dos melhores cronistas de língua portuguesa 

Morreu esta tarde no Porto o escritor Manuel António Pina, 68 anos, Prémio Camões 2011.
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Manuel António Pina, 68 anos, nasceu no Sabugal em 1943, e licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Para além de poeta foi também um consagrado autor de literatura infanto-juvenil, tradutor, professor e cronista. Ao longo de mais de 30 anos foi colunista do Jornal de Notícias, onde começou a trabalhar em 1971. A sua obra está publicada em Espanha, França, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Croácia, Bulgária, Rússia e Estados Unidos.



Vivia no Porto desde os 17 anos numa casa com muitos gatos, que lhe davam material de sobra para os poemas. Conta-se, e foi relatado no “JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias” em 2001, que durante a visita a uma exposição de retratos de escritores portugueses na Feira do Livro de Frankfurt, Helmut Kohl terá parado em frente da fotografia de Manuel António Pina e de um gato e perguntado quem era o escritor. Responderam-lhe que era “o do bigode”. E o chanceler terá dito: “Bigodes têm os dois”. Além de integrar a representação oficial da literatura portuguesa na Feira do Livro de Frankfurt, em 1997, o escritor esteve também na comitiva do Salão do Livro de Paris, em 2000, e no Salão do Livro de Genève, em 2001.

 Ler mais...

Manuel António Pina: O gato das letras

5º Encontro Nacional de Ilustração de São João da Madeira

Anabela Dias


Anabela Dias 

Começa hoje o 5º Encontro Nacional de Ilustração de São João da Madeira. Até ao próximo dia 20, serão dias preenchidos com ateliês nas escolas orientados por ilustradores, debates e apresentações de livros. É também um encontro de amigos onde a ilustração ocupa um lugar importante nas suas vidas – profissionais ou curiosos. Podem consultar o programa aqui.
 

domingo, 14 de outubro de 2012

O pais da Cucanha - Ilse Losa


O pais da Cucanha   in "Rei Rique e outras histórias"

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Escolher um livro



Ler não é uma actividade natural e vital como comer, beber, etc, etc.

Refiro-me a palavras e livros.

É natural chegar à janela e ler o tempo nas nuvens, olhar para alguém e ler-lhe a boa ou má disposição na expressão do rosto. E tantas outras coisas que lemos permanentemente e sem dar por isso.

Mas ler livros não é natural. Continuar a ler...


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Outubro Mês Internacional das Bibliotecas Escolares


 
 
Bibliotecas escolares: uma chave para o passado, presente e futuro.
 
Uma chave para o passado, porque sem memória e transmissão do conhecimento seria impossível receber a herança e património de saberes, que hoje nos identifica a todos; uma chave para o presente, porque só através do domínio da informação e gestão do conhecimento, que configuram a nossa era, podemos dar continuidade a esse legado, enriquecê-lo e projetá-lo no tempo; uma chave para o futuro, porque este dependerá sempre da ação, expectativas e capacidade de gerir as mudanças com que o desejamos tecer.
As bibliotecas são uma das criações humanas que melhor cumprem este desígnio, de perpetuar, gerar e promover o conhecimento, no sentido de uma sociedade mais culta e instruída. A importância particular das bibliotecas no campo educativo faz delas uma das chaves maiores deste desígnio.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Tê Dois Três - António Torrado e Cristina Malaquias

 

O Tê Dois Três
 
 
O astronauta, lá de cima, olhou para a Terra, cá em baixo, e exclamou:
- Ai que me esqueci de deitar alpista ao canário.
E agora? A casa fechada e sem ninguém, ele com a chave no bolso e o coitado do canário tão longe, tão inacessível... E sem alpista. Um canarinho novo, ainda nem nome tinha.
- Há algum azar? - perguntaram do controle, na Terra.
- Não. Nada - disfarçou o astronauta. - Estava só a conversar com os meus botões.
Resposta mesmo descabida, porque o fato do astronauta não tinha botões, mas apenas um fecho éclair de cima a baixo.
- Confere o motor T2.3. - ordenaram-lhe da Terra...
O astronauta conferiu.
- Motor T2.3. com problemas - disseram-lhe da Terra. Reconfere.
O Astronauta reconferiu.
- Continua com problemas - insistiram da Terra.
Eles, na sala de controle, diante dos ecrãs, sabiam mais do motor T2.3. do que o próprio astronauta.
- Missão cancelada. Regressar à base - ordenaram da Terra.
Com esta informação de que a viagem tinha sido interrompida, o astronauta devia ficar triste, mas não ficou. E nós sabemos porquê.
Desceu. Aterrou. Saiu do aparelho, onde, no meio de tanta perfeição técnica, um motor, o T2.3., por qualquer berbicacho incompreensível, se tinha avariado. Grande era o desânimo de todos os que trabalhavam naquele centro de astronáutica. Todos, menos um.
Mal correu o fecho éclair do seu fato acolchoado, o astronauta nem quis ouvir as palavras de consolo dos seus colegas. Foi direito a casa, de chave na mão.
Ainda hoje os colegas do astronauta não percebem porque é que ele chama ao canário amarelo e esperto, que saltita na gaiola, o Tê Dois Três.
Com tantos nomes engraçados, dar ao canário o nome de um motor, ainda por cima um motor sujeito a avarias, é sinal de falta de sensatez. Será?

Dia Mundial do Animal - 4 de Outubro

Por uma causa que eu abraço...

Os principais objetivos da celebração do Dia Mundial do Animal são:

·         Sensibilizar a população para a necessidade de proteger os animais e a preservação de todas as espécies;

·          Mostrar a importância dos animais na vida das pessoas;

·         Celebrar a vida animal em todas as suas vertentes.



Contribua e ajude os animais J se quiser ajudar a Colónia enviem um mail, obrigadaJ

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dia da Música

 
1 out - Igreja Matriz de S. Pedro da Cova - corais 
4 out - Largo do Souto - "Os Azeitonas"